Passo noites em silêncio
Mergulhada na essência
Deste ser desinteressante
Refletido em meu espelho
Uma garrafa de vinho me acompanha
em minha vigília infernal
Quando saio de mim e vagueio por aí
Tentando encontrar a essência do meu ser.
Noites em claro, perdida sem sono
Vagando pelas avenidas de minha escuridão
Pensamentos de todos os tipos me possuem
A garrafa de vinho já perto do fim
E todas as noites a mesma tormenta
Perambulando no meu subconsciente
A procura de algo que me faça menos insignificante
Todas as noites a mesma batalha
E quando o dia desponta
Faço-me de louca
Escovo os dentes, arrumo os cabelos, visto uma roupa
E saio por aí fingindo ser como os outros.