sexta-feira, 28 de março de 2014

Na arte e na vida



No palco do mundo sou artista,
Nos confins de tudo um trovador.
Artista na arte e na vida,
Guerreiro solitário
Procurando o amor.

E das estradas onde piso
Levo nos pés a poeira
E na memória o riso.
Nos caminhos onde passo
Deixo, além do rastro,
Um pedaço do que sou
Expresso em minha arte.

quinta-feira, 27 de março de 2014

O meu engano


Se antes fui um amante cego
Hoje, já cansado, meu pobre ego
Reconhece amargamente o seu engano

Não eram sinceros os lábios que eu beijava
Eram punhais e não estrelas em teus olhos
Aquilo que um dia julguei eterno e inocente
Agora vejo, era profano e displicente.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lírios da ilusão



Não importa que não queiras
Viver comigo este delírio
Pois este ser que maltrata
Não se parece em nada
Com a minha doce amada

Pintei-a em ti, e em ti não havia
Nenhum vestígio de amor ou de alegria
Criei-a em ti e o teu orgulho a matou
E de toda ternura que nela havia
Em ti nada restou

Pintei-a em ti e tu não podias
Sustentar a ilusão na qual eu me perdia
E assim ela se foi, afogando o meu viver
Em desespero e nostalgia
Nunca pudeste ser aquilo que ela seria
Usavas uma máscara e me iludias.

Não podes mais fingir e ela se foi
No teu olhar ela jazia
Não foi em ti que ela brilhou,
Pois só em mim ela existia.
Ainda choro a sua morte
E levo flores ao seu túmulo todo dia.

terça-feira, 25 de março de 2014

Meu amor é conformista


Desisti de tentar fazer com que as pessoas entendam o que sinto. Ora, às vezes nem eu mesma me entendo. Vou calar e resguardar tudo que sinto. Vou calar e preservar o meu amor. Me preservar.

Você pode dizer que não te amei, e que não amo, que o que eu sinto não é amor. Eu desisti de tentar fazer com que você me entenda. Não me entenda. Desisti de tentar reatar qualquer coisa entre nós. Eu não posso fazer você me querer.

E se eu te amo ou não, se amei ou deixei de amar, é problema meu. São coisas que eu vou guardar pra mim. Eu não preciso provar mais nada pra você, então, se você não acredita mais em mim, eu não vou insistir.
Meu amor é conformista e mais complicado que a simples necessidade de estar junto.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Não espere o silêncio


Você verá que meu silêncio pode ferir ainda mais que qualquer coisa que eu disser ou qualquer besteira que eu faça. Enquanto eu ainda reclamar, enquanto eu ainda me importar talvez ainda haja esperança, mas depois que eu me calar, pode ter certeza que jamais será como antes. Com outras pessoas me calei outras vezes e pude ver que não sei voltar atrás. Não espere demais para corrigir seus erros. Não espere o meu silêncio pra perceber que faço falta, porque aí será tarde demais. 

domingo, 23 de março de 2014

O egoísmo da solidão


Às vezes me olho no espelho e me pergunto quando foi que envelheci desse tanto, quando me tornei tão seca e amarga. Como consegui chegar a isso. As pessoas veem em mim um monstro que eu não enxergo.

Aqui de dentro todas as minhas atitudes fazem sentido, e foi tudo por um bom motivo. 

A solidão me deixou mais egoísta. Mas eu tento não ligar para o que as pessoas pensam, e quero a cada dia me importar menos ainda. Em toda a minha vida, nos verdadeiros momentos de paz e felicidade, na maioria deles, eu estava sozinha.

Amargas delícias


A pálida beleza,
A febril lembrança
Que atormenta meu ser.
A boca aberta,
O copo em chamas
E o desejo a arder.
Sutis carícias,
Amargas delícias.
Fogo de uma paixão
Que se converte em cinzas
Após o amanhecer.

sábado, 22 de março de 2014

Eu voltei... Agora pra ficar?


Sinto que deveria escrever com mais frequência, mas ultimamente tem sido muito difícil. Pode parecer desculpa (talvez seja mesmo), mas nos últimos meses minha falta de concentração tem ficado cada vez mais acentuada. Começo textos que não termino, penso em coisas que não escrevo. Só às vezes (raramente) consigo sentar e ter a determinação de me forçar a terminar alguma coisa... seja lá no que isso vá resultar.

E eu sei, eu sei que tenho capacidade de fazer melhor do que faço, mas simplesmente não me interesso. Desse modo, acabo deixando tudo inacabado, incompleto, insuficiente, imperfeito. Como se o mínimo bastasse. Talvez eu tenha mesmo me tornado uma pessoa conformista. Talvez por achar que ninguém vai se dar ao trabalho de ler ou se importar com as coisas que penso. 

De todo modo, apesar da falta de esperança, estou de volta. Não dá mais para ficar calada diante de tantas coisas que vejo e que me incomodam, me inquietam. Hoje parei para rever meus textos inacabados, para organizar minhas ideias e terminá-los. Espero que daqui pra frente eu possa me concentrar mais nisso, já que é uma coisa que gosto, que me faz bem. Em breve estarei postando novidades por aqui, se alguém se interessar, aguarde.