terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mossoró Notícias - 1 Ano

No dia 17 de Agosto de 2010 O Telejornal Mossoró Notícias, da TV Mossoró, completou um ano. O informativo foi idealizado pelo pelo Jornalista Tuca Viegas, que comandou a equipe por quase um ano. Também já passaram pela equipe Aline Linhares, Ícaro Dias, Tárcio Araújo, Nathan Figueiredo, entre outros. Sob o comando da Cearense Marilia Gabriela, e com o trabalho dos jornalistas Maricelio Almeida, Diego de Carvalho e Ellen Dias, o jornal continua indo ao ar todos os dias às 18h30min, pelo Canal 7 da TV aberta ou pelo 34 da TV a cabo. Esse vídeodocumentário mostra um pouco da história e os bastidores do trabalho da equipe que forma o Mossoró Notícias.

EDIÇÃO DE IMAGENS:
Jedson Leandro
EDIÇÃO DE TEXTO:
Ellen Dias
IMAGENS:
Allyson Moura
José Rodolpho

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mar

Noite fria, céu cinzento
Dou voltas em silêncio ao redor do universo
Sentada sozinha na praia
Olhando o mar
E eis que me vem novamente
Aquele estranho desejo de me inundar
De aventurar-me naquelas águas inquietas
De arriscar-me na inconstância destas ondas
De entregar-me nos seus braços e me deixar levar
O que haveria naquele mar?
Por que ele me atraía tanto?
Por que eu sentia tanta vontade de me afogar?
O vento abraça meu corpo, congelando-me em minha solidão
Outra vez o mar me chama
E me entrego em suas águas sem pensar,
Disposta a morrer em suas mãos.

Escrito em 31 maio 2009

Meu paradeiro

Se acaso um dia a saudade quiser saber meu paradeiro
Irá me encontrar no silêncio
Que agora é meu único amigo
Minha retórica fracassou e meu peito se cansou
Exausta de almejar o improvável,
Minha alma se fechou e maquiou sua insatisfação
Já não falo mais de mim,
Já não sou mais como antes
Se algo me atormenta, eu não demonstro
Se eu sou feliz ou não, não é problema
O que importa é o que aparento
O resto eu resolvo a sós comigo.

Escrito em 30 maio 2009

Apenas um Sonho

De que adiantam minhas lágrimas agora, e toda a dor que estou sentindo?
Sei que nada, nem minha angústia, nem meu amor, ou minha tristeza,
Serão capazes de mudar o que passou,
O que vivi e que o tempo me tirou.
As feridas expostas não me trarão de volta aqueles dias de sol,
O frio que envolve meu corpo não trará de volta o calor da pele que eu tanto desejo
Procuro respostas em meus livros, Erasmo, Foucault, Goethe;
Um me diz que tudo não passa de m divertimento da loucura,
Já o outro me faz pensar se isso tudo realmente existiu da forma que eu enxergo, se não haveria uma outra forma de interpretar tudo isso,
O outro por fim, me põe em condição de eterno amante, que carrega sozinho os maiores fardos por saber que seu amor jamais será correspondido.
Nada disso, porém, me serve de consolo.
Talvez tudo que eu quisesse fosse poder voltar no tempo, para o instante exato em que você me deixou, para tentar fazer as coisas se tornarem diferentes...
Agora tudo está perdido, e minha vida já não caminha como antes.
Sinto saudades de todos os nossos momentos e mergulho no silêncio procurando aceitar que tudo não passou de um sonho,
Um sonho que eu sonhei sozinha...


Escrito em 06/ Ago. / 2010 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rascunho

Escrevo agora com as palavras que sufocam minha garganta. Adoraria saber a forma correta de agir em um momento como este. Mais ainda, adoraria poder fazer a coisa certa, mas devo admitir que embora me veja como uma criatura racional, não consigo conter minha emoção, não consigo controlar os batimentos que insistem em acelerar a cada instante.
Vejo-me agora, como um ser debilitado, incapaz de obedecer à lucidez. Nunca tão grande tempestade havia devastado minha vida. Minha dor é peculiar, tem um sabor único, jamais por mim experimentado, um prato que em vez de me servir de alimento, está se alimentando de mim.
Dizer que os dias têm sido longos poderia ser uma forma de demonstrar o tamanho da minha solidão, no entanto, não me iria traduzir o que sinto e ainda correria o risco de ser clichê. Assim, quero resguardar minha saudade, tirar de mim todos estes pensamentos, quero ser forte para compreender que tudo isto é uma fase.

Sei que as coisas que a vida leva o tempo não pode devolver.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Seria Trágico se não fosse cômico

Essa reportagem de Robson Carvalho para o programa Mossoró Comunidade da TV Mossoró, tinha tudo para ser apenas mais uma matéria corriqueira sobre apreensão de aves pelo IBAMA, mas o que ninguém imaginava era o drama que essa senhora estava passando. Dá vontade de chorar, não sei se de pena ou de rir...




segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Como as Estrelas se Apagam

Hoje de manhã visitei o cemitério
Tirei fotos de alguns túmulos, alguns rostos, alguns nomes;
Nomes que já não têm donos,
Rostos que não têm mais expressão;
Histórias esquecidas sob lápides empoeiradas,
Pedaços de várias vidas,
Cada uma com seu sentido, seus segredos, seu próprio mundo.

Cada rosto que se apaga leva consigo um universo inteiro
Um universo seu, só seu, que ninguém mais terá;
As fantasias, os desejos, os sonhos, os amores,
E porque não, os medos?
Tudo tão seu, tão perfeito, tão particular...
E a sua história, quem poderá contar?

Caminho às vezes entre os astros tentando entender como as estrelas se transformam;
Caminho às vezes entre os túmulos tentando entender como as feições se apagam;
Um rosto seu, só seu, que ninguém mais terá,
Um universo só seu, próprio e particular,
Adormecido, embalsamado sob o frio da sepultura sombria,
Esquecido e enterrado.

Tudo agora é apenas um rosto que ilustra o papel de uma Fotografia.

Escrito em 23 de Janeiro de 2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Que Vergonha Dona Globo, Que Vergonha.





Como jornalista não poderia me deixar silenciar diante do que estamos presenciando. Ficou obvio para todos o posicionamento da Rede Globo a favor dos Tucanos na disputa presidencial. Depois das entrevistas detonando a Dilma e a Marina, o Casal Nacional ontem parecia assessoria de imprensa do Serra. Vergonhoso. O pior é que eles tem muita influência. A Globo influenciou na Vitória do Collor, e na sua saída do poder também.
Desde o começo do ano que a Rede Globo começou a fazer campanha contra o Governo Lula. Ficou claro isso na época daquelas Histórias relacionadas ao Irã. 
A dona Globo agora quer eleger o Serra. Só de pensar que ele pode ser eleito, sinto calafrios! Fico pensando que posso ir dormir no Brasil e Acordar na Argentina, na Russia; por que a grande tática dos tucanos é a privatização, aí vai que eles vendem um estado, uma região, e eu preciso de um passaporte para ir ver algum conhecido que mora em outra região? 
Não quero fazer campanha para a Dilma, para o governo Lula, ou para a Marina, não é isso. É apenas um desconforto em relação ao Serra! Acho vergonhoso a Rede Globo fazer campanha descaradamente a favor dos Tucanos. Quer dizer, vergonhoso é o meu salário, Fátima Bernardes  e Willian Bonner devem ganhar bem o suficiente para fazer esse tipo de coisa nojenta. O que não podemos admitir é que a emissora que instituiu que o Brasil é o país do futebol, que o Brasil é o país do carnaval, decida por nós quem será o presidente do nosso País. Queria que a nação que tanto torceu pelo Brasil Seleção, fosse patriota o suficiente para também lutar e torcer pelo nosso Brasil Nação! 


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Coisas da Vida

A vida é tão misteriosa que chega a assustar, tenho medo das coisas que não sou capaz de compreender. É como se eu estivesse me atirando em um precipício sem saber se irei morrer na queda ou ganhar asas e aprender a voar, e na dúvida, prefiro continuar onde estou.
Tenho um real apego pelas coisas da vida.
Tenho apego aos lugares e pessoas que conheço, tenho curiosidade em conhecer tudo aquilo que desconheço.
Tenho apego pelas coisas, não o apego comum aos bens materiais que a maioria das pessoas têm. Mas um apego diferente, por coisas diferentes: um caderno velho onde guardo recordações de uma época e de um determinado grupo de amigos, um cartão de alguém que por acaso se distanciou, um bilhete de alguém que me fez rir e continua provocando a mesma sensação quando o leio, as fotografias de todos os momentos alegres e divertidos, meu cupom de inscrição no vestibular; são essas as verdadeiras coisas que quero preservar.
Às vezes sinto-me uma tonta por alimentar sentimentos tão utópicos, por ter meus pés tão longe da realidade.
Tenho receio por amar demais, medo de perder, de não ser correspondida, de não saber retribuir o amor que me é oferecido.
Houve um tempo em que me perdia madrugada à dentro com mil pensamentos na cabeça, eu era jovem e queria guardar o mundo em mim, me sentia tão capaz de amar, tinha uma alma tão sensível, me achava incapaz de magoar quem eu amava...
Hoje, veja só o que me tornei! Todos os meus sonhos e objetivos estão voltados apenas para mim mesma, até mesmo aqueles que eu mais amei parecem ficar em segundo plano algumas vezes.
Acredito que de tanto amar, de tanto querer inutilmente evitar as perdas, evitar que as pessoas que eu amava fossem embora, acabei aprendendo a amar menos, para evitar a dor.
Aos poucos fui me transformando, procuro em mim mesma um pouco daquilo que um dia fui, e só enxergo essa nova face, desta forma, me perco dentro de mim, sem conhecer meu verdadeiro rosto.
Nessas horas sinto vontade de voltar a ser criança, quando meu avô me pegava no colo e me acalentava em seus braços seguros, ou quando minha mãe deitava comigo no chão e passávamos horas e horas juntas, brincando, cantando, fazendo planos.
Não sei se estou vivendo da maneira mais correta, a vida parece ter me reservado mais lições do que o faz para a maioria das pessoas, quando estou forte, sei aproveitar estes desafios como possibilidade de crescer, quando estou fraca, quando não consigo suportar, sinto o mundo desabar sobre meus ombros e um desejo enorme de sumir para sempre, mergulhar no mais íntimo de mim e desaparecer.
Entre uma fração e outra desses controversos sentimentos, vou me mantendo em meu casulo, com medo de me apegar, esperando sempre a perda, preparando-me para a separação.
Mas eis que novamente me vejo com aquele medo, o medo de não saber mais viver sem a presença de alguém, e embora seja desconfortante imaginar um futuro assim, faz o presente parecer algo tão bom.
Talvez eu seja apenas uma boba, que desperdiça suas noites de sono, madrugada adentro, com caneta e papel na mão, ou na frente de um computador, jogando fora palavras sem sentido, talvez a própria vida seja algo sem sentido...
Não importa, para todos aqueles que pensam ou sentem algo parecido com o que sinto, estas palavras tolas terão um certo sentido, de algum jeito.
Como eu sei disso? Eu não sei, apenas sinto.

Escrito em 05 de julho de 2010
2:47 AM

Trabalho vencedor do Prêmio Curta Gazeta.

Parabenizar meus amigos e colegas de trabalho, Allyson Moura, Ícaro Dias e Jedson Leandro.


Projeto: Curta Gazeta - Construindo Imagens Através da Leitura.
Atriz: Mayara Andressa.
Roteiro: Allysson Moura e Icaro Dias.
Produção: Jedson Leandro
Edição: Icaro Dias
Direção: Allyson Moura





terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fortaleza Imaginária

Em uma cidade, em um país, e em um planeta completamente imaginários, num lugar no qual o resto do mundo não poderia jamais entrar, havia uma garotinha sonhadora e assustada. Ela era alegre, gostava de música, de desenho animado; de refrigerante não. Tinha amigos, vizinhos, colegas, primos... Gostava de todos eles, porém, nunca permitiu que nenhum deles entrassem naquele seu mundo. Na maioria das vezes, gostava de ficar sozinha, brincava e criava suas histórias, passava horas perdida em seus pensamentos, sonhando.
Com quatro anos, descobriu as letras, aos seis descobriu as palavras, e encontrou nelas grandes aliadas para suas aventuras. Lia as histórias daqueles livros e se imaginava ali, no lugar daqueles personagens. Não demorou muito para que criasse suas próprias aventuras, embora não as escrevesse...
Em seus contos, ela resolvia todos os problemas à sua volta, assim superou a perda de pessoas importantes, superou a timidez, a vergonha... Ela sempre arrumava um jeito de se esquivar da dor quando estava naquele seu mundo.
Foi lá que ela guardou seus segredos, também foi lá o lugar que ela escolheu para se refugiar da tristeza... E para suprir a ausência de quem sempre esteve muito próximo e nunca pode estar presente.
Seu mundo era seu escudo, e muitas vezes sua prisão.
Os anos foram passando, a menina foi crescendo, e as paredes que sustentavam os muros de sua fortaleza foram ficando mais frágeis. Agora, ela não era mais criança, não tinha mais a mesma vida, mas já gostava de refrigerante. Cedo a vida lhe forçou a ser corajosa, mas foi movida pelo desejo e não pela coragem, que decidiu se arriscar e ir atrás do que sonhou. Seu mundo somente já não era o bastante para lhe satisfazer, sabia que precisava concretizar as coisas que buscou, no entanto, aquele mundo nunca perdeu seu significado, embora não vivesse mais nele, era pra ele que ela fugia sempre que estava em apuros, era nele que ela se acalmava quando estava aflita: botava uma música, lia um livro, escrevia algumas palavras, e já sentia a alma mais leve.
Era mesmo uma figura diferente aquela garota! Amadureceu muito cedo, mas fazia questão de preservar aquele encanto. No começo, achava que recorria àquele mundo porque se sentia sozinha. Aos poucos foi criando muito elos, era muito sentimental, preservava todas as sinceras amizades, e não eram poucas... Ainda assim, aquele mundo lhe servia de abrigo. Nunca se importou com esse fato, nunca deixou que ninguém violasse os portões de sua fortaleza, não por falta de confiança, não era isso... Era apenas um capricho seu... Um segredo, uma ilha, como um diário que se escreve sem palavras.
Eis que então se apaixonou! Aí, tudo muda de contexto, aos poucos foi deixando que o amor invadisse sua vida e consumisse todo o seu tempo, parecia que finalmente as barreias haviam se rompido, sentia que pela primeira vez, alguém havia conseguido se inserir naquele seu delírio colorido.  No início, se negou, quis fugir, quis evitar. Mas foi inútil, logo se rendeu àquele ser de olhar singelo.
Amava como jamais havia amado, e como poucas pessoas foram capazes de amar, como poucos poetas foram capazes de traduzir... Entretanto, tudo isso lhe havia feito refletir acerca daquele seu pequeno universo, chegou a acreditar que com a entrada de outra pessoa, o sentido daquilo tudo havia sido alterado, agora para ela era como se aquele não fosse mais seu universo, mas um universo conjunto, uma coisa compartilhada, que só teria razão de ser através da ligação daquelas duas almas.
Não demorou para que as diferenças aparecessem, e nos momentos em que quis fugir, não conseguiu, seu refúgio de toda a vida, havia se desfeito em essência. Sentia que a única maneira de resgatar aquele lugar era através daquele amor; lutou por ele, se opôs a tudo e a todos, acreditou, se iludiu, se magoou.
O mesmo ser que há pouco, muito pouco, lhe acariciava a face, era o ser que agora lhe falava de outro corpo, outros beijos, um outro amor... O mundo caiu sobre seus ombros, olhou ao seu redor e viu tudo que guardou naquele mundo desde cedo indo embora... O espaço que sempre foi só seu, e que tanto quis dividir com alguém, era agora a terra de ninguém, porque tudo ali só fazia sentido nessa hora, com a presença do ser amado.
Quis fugir não conseguiu, quis gritar não teve voz, quis ser forte, mas chorou e implorou... Lágrimas de tristeza que se misturavam com as lágrimas da decepção, os motivos de sua dor se confundiam... Por tempos sofreu daquela forma, no peito um punhal em chamas lhe rasgava a carne e o osso quando via seu amor com outro alguém.
Tudo estava então perdido... Ela não tinha mais a pessoa que completava o sentido de seu mundo, logo, seu mundo também não fazia mais sentido. A tristeza se alojou em sua vida, os dias tornaram-se mais longos, os livros não eram mais interessantes, não conseguia se concentrar para ver um filme, a única coisa em que pensava era no quanto queria de volta aquele amor para poder reconstruir sua Fortaleza.
O tempo foi passando e a menina descobriu nos amigos uma chance para recomeçar, sorria, saía, tomava refrigerante, mas quando voltava para sua casa, tudo recomeçava: a dor, a saudade, o silêncio; até os desenhos animados haviam perdido a graça.
Se pôs a pensar por muitas noites, sabia que seu grande amor não iria voltar... e agora nem o seu esconderijo tinha mais... Passou a lembrar dele todos os dias, a recordar as coisas que tinha vivido naquele lugar. Foi então que encontrou no meio da bagunça de sua vida, alguns CDs, DVDs, livros, fotos e filmes antigos que estavam guardados há tempos, porque não eram do agrado de seu amor. Inundou-se em lágrimas novamente ao olhar para tudo que havia renunciado em nome daquela paixão e ao ver que todo aquele esforço foi em inútil.
Sentiu raiva de si mesma por ter sido tão ingênua. Empunhou a caneta e decidiu escrever suas lamentações em uma carta suicida, não porque havia perdido o seu amor, mas por ter deixado que aquele mundo se perdesse por causa de alguém que nunca foi capaz de lhe amar verdadeiramente. Era a perda daquele lugar especial que lhe feria, a essa altura já havia descoberto que o ser que ela tanto amou, não passava de uma pessoa suja e covarde, um ser amargo e incapaz de amar. Essa constatação lhe feria de forma fulminante.
Antes de finalizar sua despedida, lembrou mais uma vez daquele mundo, das coisas que fazia nele, do quanto ele lhe fazia bem. Lembrou também de como ele havia mudado depois daquele amor, de como seu sentido se alterou. Foi então que percebeu o grande engano que estava cometendo: Seu mundo não estava completamente perdido, ele só estava abandonado.
Durante todo o tempo em que esteve abrindo mão das coisas que gostava para agradar o seu amor, ninguém havia conseguido se encaixar no seu mundo. A pessoa que ela julgava ter finalmente rompido os portões daquela fortaleza, sequer havia encontrado o caminho para ela. Não era o amor dela que havia entrado naquele mundo, era ela que tinha saído dele. E a chave para voltar estava em suas mãos. Ela podia agora recompor sua vida, voltar para seu universo e retomar todas as coisas que considerava perdidas. Descobriu então que enquanto fosse capaz de sonhar, de sentir, de amar, aquele mundo jamais se perderia, pois ele era uma extensão imaginária do seu próprio ser.