terça-feira, 5 de abril de 2011

A hora certa de dizer Adeus



Havia lágrimas em seus olhos
Havia um nevoeiro em sua cabeça
A insistência se tornou um fardo
E o que fazer dali pra frente?
Tudo parecia desgastar ainda mais o nada que restou
As lembranças, os sentidos, tudo parecia então perdido.
Como um trem que foge dos trilhos sem saber quando parar.
Apenas em um restou algo,
E apenas um ainda sentia.
Não havia mais pelo que lutar.
Era a hora e não havia mais como adiar.
E foi com a garganta sangrando que conseguiu enfim expulsar aquelas palavras
Com a boca seca e os olhos úmidos
Fez o que tinha que ser feito,
Não havia expressão em seu rosto,
Não havia luz nos olhos seus,
E com o peito aos pedaços, disse Adeus.

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