domingo, 6 de abril de 2014

O caos das madrugadas


A cerveja tem sido
Minha maior confidente.
Entrego a ela
Meus desejos mais inconsequentes.

Larguei-me nos braços do acaso,
Esse desconhecido de beijos tão amargos.
Larguei-me no mundo,
Vivendo por alguns segundos,
A alegria de alguns tragos.

Tenho saído pouco,
Vivido pouco,
Amado feito um louco...

Ando carente,
Como cachorro abandonado pelo dono.
Há um caos enorme em meu peito,
Estou em perfeito abandono.

E nessas horas mortas
Que se arrastam nas madrugadas
Não quero conversa, não peço esmolas.
Sirva-me uma cerveja, deixe aí sobre a mesa
E apague a luz antes de fechar a porta.

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