sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Gata vadia



Nas noites insones e nas madrugadas frias
Em que vaguei displicente por ruas sombrias
Nos becos escuros e vielas vazias
Caminhei sem destino, feito gata vadia
Procurando abrigo.

Os pés cansados, a boca seca,
A alma desgastada, os sonhos desfeitos.
Andei por aí, feito cão sem dono
Em busca de algum refúgio,
Implorando alguns carinhos.

O sentimento que em mim havia
Era de desespero, e também agonia
E naquelas ruas sem vida
Eu também me perdia.

Noite após noite,
Um pouco mais,
Eu morria.


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