O grande homem de pouco porte
Ensinou-me sobre a vida
E talvez sobre a morte
Sobre como a poesia nos revive
E como a utopia se fortalece
Quando outros loucos sonham junto
contigo.
Ah, esse homem que um dia admirei
E até ousei chamar de amigo...
O grande homem das palavras bonitas,
Acreditava saber muito sobre a vida
E dizia não temer a morte.
Pobre homem sem sorte.
Um grande homem esnobe
Aos poucos foi se revelando,
Desfazendo sua imagem romântica,
Exibindo seu Narciso,
A todos desencantando.
E assim me ensinou sobre a morte,
Assassinando as ilusões que criei,
Aniquilando qualquer admiração
Que um dia alimentei.
O grande homem que se dizia forte
Não precisava de amigos,
Nem de amantes ou amores.
Em seu peito de Narciso
Só havia espaço para admiradores.
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