sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Epitáfio do amor


O amor está morto,
Em meu peito enterrado.
Em meu peito frio,
Repousa o amor embalsamado.

Jaz aqui em meu peito
Aquele amor imperfeito,
Por seus sonhos derrotado.

Um amor que viveu de ilusões,
Que não conheceu a realidade,
E que morreu prematuro
Acreditando em meias verdades.

Morreu numa segunda-feira
Antes de ir ao mercado.
Morreu por suas fraquezas,
Morreu aos poucos, descuidado.

Pobre amor! Era tão jovem!
Foi cruelmente assassinado.
Estava ali contente, apesar de sua vida miserável.
Era um jovem conformista,
Mesmo com a alma sofrida,
Jamais se sentiu desanimado.

Mas morreu cedo, pobre coitado.
Foi um golpe certeiro.
Assim foi o amor aniquilado.
Com sorrisos displicentes
E palavras afiadas,
O amor foi, enfim, derrotado.

Aqui jaz um amor que se dizia imortal.
Seu túmulo não recebe visitas,
Foi enterrado como indigente,
Aqui jaz o amor que se dizia pra sempre.







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