terça-feira, 27 de maio de 2014

Palavras ao homem sábio


Você com esse falatório
Pensando que sabe de tudo,
Se lamentando pelos cantos,
Fazendo papel de vítima,
Falando sobre os ingratos,
Querendo ser o mais sábio,
Vem criticar meu modo de vida.

Pois quero agora que saiba
Que me cansei de tudo isto
Saiba que pra mim, basta.
Saiba que estou farta
De suas lamentações sem sentido.

Você faz uso da retórica
Pra perturbar meus ouvidos.
Pois guarde seu discurso bonito
Que pra falar aqui é preciso fazer sentido,
É preciso correr perigo.
Guarde sua lisonja,
Guarde sua retórica,
Que eu “tô” falando é de parresía,
Parresía, meu amigo!



domingo, 25 de maio de 2014

Poema da ingratidão


Os sábios procuram à noite
Pelas vielas da cidade
Um grupo de vândalos e poetas loucos
Pelo crime de falarem o que pensam,
Por se negarem a pensar como os outros.

Partiram na estrada,
Sem eira nem beira,
Pela contramão,
Os poetas vagabundos,
Sonhando em mudar o mundo,
Querendo fazer revolução.

Partiram no submundo,
De pés descalços,
Em busca do horizonte,
Negando as vestes,
E as doutrinas
Dos homens sábios.

Partiram sem remorsos
Aqueles poetas ingratos,
Poetas sem nome,
Um bando de insensatos.

Apenas poetas utópicos,
Sem lei, sem autoridade.
Ébrios, de sonhos tórridos.
Poetas jamais sóbrios,
Pela sede de mudança embriagados.

Partiram deixando pra trás
A senzala e o capataz
Da escravidão da vida comum.
Partiram pelas ruas,
Cantando nos becos,
Pintando os muros.

Poetas sem rosto, e sem renome
Poetas das ruas e da cachaça,
Luiz, Rayane, Simone.

Poetas da boemia,
Alexandre, Latoya, Bia.
Poetas do mundo dos sonhos,
Poetas de muitas lutas,
Jean, André, Lucas.

Poetas da utopia,
Neto, Bob, Jedaías.
Poetas do amor e da indignação,
Poetas que sabem o que querem,
Paula, Camila, Cibele.

Seguiram de madrugada,
Fizeram uma caminhada,
Sentaram numa calçada,
Pintaram poesias na esquina.
E os sábios balbuciavam
Contra aquelas poesias de quinta.

Os sábios perseguem os loucos!

Os sábios não querem amigos,
Os sábios temem os loucos,
Os sábios só sabem da lisonja
E só acreditam na própria honra.

Os loucos estão pelos bares,
Os loucos caminham lado a lado,
Os loucos incomodam os sábios,
Pois a ingratidão se exala por seus lábios.

Que comece a caça aos ingratos,
Devem estar pelos guetos,
Com um poema na mão
Tomando vinho barato,
Falando de amor pelos becos.

Os sábios procuram à noite
Pelas vielas da cidade
Um grupo de vândalos e loucos,
Um bando de poetas ingratos,
Que fazem barulho, que andam pela periferia,
Que não sabem fazer reverência
Que se negam a pedir a “bença”,
Pois acreditam que imortal mesmo, só a poesia.

domingo, 18 de maio de 2014

Por uma questão de reconhecimento

Numa conversa de bar ontem falamos sobre como o Brasil avançou com o PT. Hoje em dia quase todo pobre tem seu carrinho ou sua moto, casa própria financiada, computador, acesso à internet... Na minha infância quem tinha computador era rico. E o que dizer do temido apagão?

Mas parece que muita gente esqueceu o tal racionamento de energia, a falta de investimentos na educação superior, o desemprego, os salários aviltantes que eram pagos aos trabalhadores.

O que me revolta é ver pobre falando mal do PT. Porque um rico assumir que queria que o país voltasse a ser um país que priorizasse as camadas mais elevadas da sociedade, eu compreendo (Não aceito, mas compreendo). Agora, um pobre, que só conseguiu as oportunidades para ser alguém na vida através dos investimentos do Governo Federal, falar mal do único partido que pensou nas minorias é mais que ingratidão, é burrice.

O povo parece que esqueceu todo o mal que a nossa população sofria. E que bom, isso mostra que as desigualdades estão cada dia mais sendo varridas de nossas vidas. Mas não podemos permitir que esses fantasmas voltem a nos assombrar, não podemos regredir. O Brasil hoje é e continuará sendo um país de todos.

Sou mais Partido dos Trabalhadores. Sou mais Lula. Sou mais Dilma Rousseff.


sábado, 17 de maio de 2014

Mais amor e mais respeito, por favor!

Para os que não sabem hoje é o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Para os que não sabem também, nós não precisamos de cura, não precisamos de ajuda, não precisamos ler a bíblia. Tudo que nós precisamos é de respeito.

É inadmissível que nos dias de hoje ainda sejamos punidos simplesmente por vivermos o que somos.

Não é doença, não é desvio de comportamento ou de caráter, não é safadeza, não é escolha. É o que somos. E não tem nada de errado com isso.

O mundo precisa é de amor, não importa a cor ou o gênero. Abra sua mente e liberte-se das amarras do preconceito. A vida ficará bem mais leve para você e para todos os que te cercam.