O estado simples de não ser e não estar com mais ninguém
O simples estado de estar só.
Em meus olhos e em minha boca
Esse sabor e esse cheiro
De nostalgia.
Em meus dedos e em meus braços
A ausência e os corpos
Que não me fazem companhia.
E em mim ainda ardia,
Por torrentes de esperanças
Advindas de devaneios infindáveis,
Um infame desejo.
Mas em mim só havia
Restos de ilusões e algumas crenças
Pedaços de emoções lamentáveis
De tudo o que eu quero e nunca almejo.
Experimento, Outra vez, a solidão.
O estado de não ter e de não ser de mais ninguém.
O estado simples de estar só.
Em meus olhos e em minha boca
Não há sabor, vigor ou cheiro
Só velhos vestígios de agonia.
Em meus dedos e em meus braços
A ausência de um corpo
Que já não quer e já não faz mais companhia.
Lindo texto.
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