Olhou-me
com aqueles olhos esfomeados
Que
pareciam querer me arrancar um pedaço
E
minha boca salivava aflita implorando pelo fogo dos seus beijos
Tudo
em mim estava em chamas e minha pele transpirava o meu desejo
O
incontrolável desejo de perder-me em seus cabelos,
De
envolver-me em seus lençóis,
De
aventurar-me em suas coxas e violar sua pureza.
Olhou-me
outra vez com aqueles olhos incansáveis
Que
pareciam mapear-me para depois me devorar
E
minhas mãos vacilavam inquietas à procura do seu gozo
Minha
língua invasiva embriagando-me com o néctar do seu corpo
A
razão aos poucos se esvaindo de mim
Nossas
almas envolvidas, nossas salivas misturadas,
E
nossos corpos convertidos a fogo, suor e pecado
Em
meus ouvidos ecoando seus gemidos
Éramos
o auge e o êxtase consumado,
Nossa
libido, porém, jamais saciada,
Assim
perco-me noite adentro em seus caprichos
Em
nossa eterna trama inacabada.
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