quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mar

Noite fria, céu cinzento
Dou voltas em silêncio ao redor do universo
Sentada sozinha na praia
Olhando o mar
E eis que me vem novamente
Aquele estranho desejo de me inundar
De aventurar-me naquelas águas inquietas
De arriscar-me na inconstância destas ondas
De entregar-me nos seus braços e me deixar levar
O que haveria naquele mar?
Por que ele me atraía tanto?
Por que eu sentia tanta vontade de me afogar?
O vento abraça meu corpo, congelando-me em minha solidão
Outra vez o mar me chama
E me entrego em suas águas sem pensar,
Disposta a morrer em suas mãos.

Escrito em 31 maio 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário