sábado, 18 de novembro de 2017

Passarinho




















Agora jaz em mim a esperança
Mutilada por suas palavras frias.
E naufragando em suas desculpas vazias
Começo a te apagar da lembrança.

Outrora quis o beijo,  o afago, o afeto...
Aqueles foram tempos de ilusão.
Já não há amor em meu peito, agora sou só deserto,
Ausentou-se de mim o encanto da paixão.

Mas não, a emoção não está morta,
Ela apenas se transformou,
Entristecida por suas palavras, por tudo que me negou.

E agora tanto faz, já não importa.
Você, passarinho, bateu asas, me esqueceu.
E foi assim, por me esquecer, que de fato me perdeu.

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